segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pequeno motivo para um possível romance

Ela queria o mundo
Montanhas e cachoeiras
Peixinhos, safaris
O coração pulando no peito
O suor escorrendo no rosto

Ele queria sua cama
Seu café, seus dramas
A rede a tardinha
O colo de sua morena
As complicações e os risos da vida

Ele fazia de conta
Ela pagava as contas
Ele vivia na Lua
Ela iria pra lá
Seus olhos brilhavam quando se viam

Ele dizia me espere
Ela dizia já volto
Ele amava e se declarava
Ela corria e o abraçava
Seus lábios tremiam quando se tocavam

Pela manhã ela caminhava
Ele dormia até tarde
Ela cantava Cartola
Ele lia Neruda
Seus dedos se entrelaçavam quando caminhavam

E a noite, esqueciam de tudo
E amavam

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Esta cara, minha cara, é de quem anda
por onde há espaço
Passo por passo
Quando
Vez
Dor
Som
Floresta
Flor
Estas palavras, minha cara, são de quem sonha
Com olhos vigilantes
Instante por instante
Ver
Ser
Crer
Voar
Soar
Correr
De mar a mar
De terra a terra
De céu a céu
De sol a sol
Com amores ensolarados
E desamores aterrados

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Contraponto

Na música, resumidamente, contraponto é; duas ou mais vozes soando ao mesmo tempo, onde qualquer uma delas pode ser o baixo ou a melodia, são vozes independentes, porem interligadas.
Essa coisa ai em baixo funciona assim: a primeira linha de cada duas é uma coisa, e a segunda outra, lê-se como quiser. Não deve ser nada novo, mas vou escrever.
  1. No ar havia apenas luz
  2. O mar não estava pra peixe
  1. Tudo mais estava escondido
  2. Era cedo ainda, madrugada
  1. Infiltrado numa esponja invisível
  2. O ar estava denso, o horizonte invisível
  1. Quem saísse na rua
  2. O vento gelado
  1. Não veria pássaros
  2. As ondas enormes
  1. Não veria borboletas
  2. O sol preguiçoso
  1. As cores quase faltavam
  2. O corpo sedento de fome

domingo, 7 de junho de 2009

Jorge

É imprecionante o que o tempo faz com as pessoas, tem gente que melhora, tem gente que piora, tem gente que esquece de tudo, tem gente que não lembra de mais nada, tem quem mude completamente, e tem quem fique sempre do mesmo jeito. O tempo deixou Jorge diferente.
Ele não suportou a violência de seu pai, e o matou, Adelaide sofreu muito com isso, mas la no fundo, ela sentiu-se aliviada, ela teve vontade de matar Jorge, mas o perdoou no mesmo instante, e não o matou, mas como já foi dito, a justiça não acontece a todo instante, Jorge foi morto, pela polícia, num dia de muito fogo e barulho.

PS: Desculpem tantas mortes mas, sinceramente, queria acabar logo com isso para escrever outras coisas, também não gostei do final.